Para podermos estabelecer relações entre o genótipo e o meio, necessitamos de saber o que é genótipo e fenótipo.
Genótipo - constituição genética de um indivíduo; mantém-se inalterável ao longo da vida de um indivíduo, a menos que ocorram mutações genéticas.
Fenótipo - conjunto de características físicas e fisiológicas(ex: formato das unhas, cabelo) do sujeito, tais como elas se apresentam ao observador; é a manifestação do genótipo e pode mudar ao longo da vida de um indivíduo; resulta da interacção entre os genes e o meio ambiente.
Além destas definições, devemos ter em conta que os seres humanos partilham informação e, ao mesmo tempo, possuem outra de cariz único.
Hereditariedade específica - conjunto dos genes que caracterizam determinada espécie.
Hereditariedade individual - património genético que determina as particularidades de cada indivíduo.
Pela leitura das definições de genótipo e fenótipo, percebemos que os comportamentos e faculdades superiores do ser humano não se reduzem ao genótipo.
Para determinar que tipo de factores influenciam o comportamento, os naturalistas debateram-se durante séculos com base em duas grandes teorias: o Preformismo e a Epigénese.
Fig.2 |
Em oposição a esta teoria, surgiria a teoria a que hoje se dá mais credibilidade e à qual se dá o nome de Epigénese. De acordo com esta teoria de perspectiva contrutiva, cada indivíduo adapta-se de forma eficiente ao meio, como resultado de interacções entre o conjunto de genes que herda e os estímulos externos. Para um defensor desta teoria, o processo de desenvolvimento é interactivo e compreende influências genéticas e ambientais (pré-fetais, fetais e pós-fetais) . Assim, o que herdamos dos nossos genes não é propriamente uma característica, mas antes uma probabilidade ou susceptibilidade de a adquirir/desenvolver.
A hereditariedade proporciona o potencial das
características, mas não determina o que somos enquanto indivíduos.
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